por Carol Bertholini
A tarde de sábado, dia 8, foi preenchida com muita música no Parque Municipal Roberto Mario Santini, o Emissário Submarino de Santos. A Orquestra na Rua e alunos da Escola de Choro e Cidadania Luizinho 7 Cordas uniram-se a bela paisagem para interpretar canções aos visitantes do local. Bastante frequentado por amantes dos esportes radicais, quem esteve por ali pode apreciar a sincronia dos grupos na execução de obras de grandes nomes como Chiquinha Gonzaga, Adoniran Barbosa, Mozart e Bethoven.
O objetivo do projeto Orquestra na Rua quando foi criado, em 2012, era muito simples: “Nós já éramos artistas de rua e descobrimos que as pessoas gostavam de música clássica no Brasil. Resolvemos então fazer o caminho contrário. Ao invés de as pessoas terem que ir aos teatros, é a orquestra que vai até as pessoas”, conta Caio Forster diretor executivo do projeto. O evento deste final de semana foi idealizado quando a Orquestra de Rua conheceu o Clube de Choro de Santos, mantenedor da Escola. “Numa apresentação que fizemos no Centro, paramos com os instrumentos na porta da sede do Clube. Gentilmente fomos convidados a entrar para nos protegermos do sol e nos refrescar. Foi aí que surgiu esta parceria e uma amizade”, relembra o diretor executivo.
A apresentação no espaço, que também é ponto turístico da cidade, foi acompanhada por todos que passavam. Famílias, turistas, comerciantes, e até mesmo os próprios esportistas pararam para ouvir e se encantar com toda a representação do espetáculo. Luciana Melquides Gabriel, publicitária que já morou em Santos, mas que hoje vive na França, disse ter ouvido a música de longe. “É incrível chegar aqui e me surpreender com essa ação. Tanto a Escola quanto a Orquestra tem por objetivo promover algo que é primordial, que é a cultura. E a gente sabe que esse tipo de música é representativo de uma classe social. O que não é certo! Cultura, arte, música, não podem pertencer a este ou aquele círculo. É a primeira vez que ouço uma orquestra, ao ar livre, gratuitamente e vestindo chinelos”.
Para o surfista Pedro Junqueira, que estava no mar quando a apresentação começou, o final de tarde foi diferente. “Confesso que meu estilo musical é outro. Mas foi muito bom pegar as últimas ondas ouvindo essa molecada. Chegar aqui e ainda descobrir qual o objetivo principal deste evento fechou meu dia com chave de ouro”.
Para a Escola de Choro e Cidadania Luizinho 7 Cordas este é mais um dia que ficará registrado com muito carinho em nossas vidas. “Compartilhar estas vivências com projetos tão responsáveis como a Orquestra na Rua nos deixa bastante orgulhosos e satisfeitos. A Escola ensina, mas aprende também!”, afirmou Luiz Fernando Ortiz, diretor.
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