por Carol Bertholini

A Escola Barnabé, parceira da Escola de Choro e Cidadania Luizinho 7 Cordas, recebeu os violonistas Dinho Nogueira e Zé Barbeiro. A dupla realizou uma oficina sobre o choro, estilo musical genuinamente brasileiro, que surgiu no final do século dezenove. Os alunos puderam, por meio da continuidade do ciclo de palestras realizado pelo projeto Música e Cidadania, conhecer a história, os conceitos, e especialmente, aprender a diferenciar estilos como o choro, o tanguinho e o samba. 

Cerca de 80 alunos participaram da programação.  Os estudantes realizaram uma série de perguntas relacionadas ao tema. Os músicos palestrantes falaram sobre a importância da música brasileira e do choro fora do país. Para Dinho “às vezes a nossa música é mais valorizada lá fora do que aqui”. 

Em meio a conversa, os músicos tocaram várias canções. E elas que deram, muitas vezes, o tom da troca de ideias. Especialmente no momento de exemplificar estilos musicais semelhantes. “É importante analisar a forma rítmica. Cada estilo musical tem as suas características próprias e é primordial entender essas diferenças”, disse Zé Barbeiro. 

A forma como evoluiu o conceito do choro e, principalmente, a maneira de tocá-lo, foram assunto abordados pela dupla. “Podemos falar sobre muitos nomes imprescindíveis neste caminho. Mas, de fato, um dos maiores seria Pixinguinha, a quem podemos chamar de gênio. Ele começou a tocar de uma forma e depois passou a tocar de outra. Começou a solar junto com o solista sem tirar a beleza da melodia. O chamado “contra ponto”, analisou Dinho. 

Outro nome citado com extrema relevância foi o de Heitor Villa Lobos, compositor que conviveu em meio aos chorões. Tocava violoncelo, era regente de orquestra e aprendeu a tocar violão. Esta experiência resultou em trabalhos referentes ao instrumentos que são utilizados até hoje em grandes escolas de música. “Ele tem uma posição importante pois, desenvolveu muitos estudos sobre os diferentes estilos musicais brasileiros. Depois que compreendeu este cenário compôs obras imortais”, relembrou Zé. 

O violonista terminou a tarde resumindo bem o que significou este encontro: “Nós estamos resumindo o conteúdo sobre o choro. Porque tem muita história. E aqui, os alunos ouviram, participaram, e o tempo ficou curto. Infelizmente isso não é comum”.  

E é exatamente nesta contramão que segue o trabalho da Escola de Choro e Cidadania e de seus parceiros. Mais um evento de extrema importância! Nossos agradecimentos!!

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